Texto publicado no Jornal Opinião dia 17/05/2013
Embora possa
parecer uma questão mais filosófica que científica, a psicologia tem uma
resposta contundente. “Sempre” e “nunca” são duas palavras que preferimos não
usar, em grande parte das ocasiões, pois não somos seres “matemáticos”. Porém,
podemos afirmar que para a maioria dos casos, há possibilidade sim de mudança,
significativa, e resultados fantásticos. De megera, a gentil, de inconveniente
a respeitosa, de chata a agradável, de insegura a confiante, de compulsiva a
ponderada - a transformação pode ser estupenda, no entanto há três pré-requisitos
para que ela aconteça: vontade, disciplina, e auto-conhecimento.
para isso há psicólogas! Busque ajuda se estiver difícil mudar |
A vontade é
fundamental, mas nem sempre há “ânimo” suficiente. Por isso o processo de
mudança requer certa disciplina, isto é, manter-se firme em momentos em que se
possa escorregar. Entretanto, como eu disse antes, não somos exatos – e o
entendimento das causas que podem nos levar a comportamentos disfuncionais, que
em geral tem raízes profundas, é o ponto-chave de todo o processo. Falar, se
escutar, e ter uma intervenção ou orientação psicoterapêutica, auxiliarão o
paciente a se auto-conhecer, a desvendar seus motivos inconscientes para o
comportamento desagradável, a ter um outro para motivá-lo e dar-lhe suporte
emocional. Por isso a psicoterapia pode ser de grande ajuda, para não dizer que
é até essencial, na obtenção de bons resultados.
Logo, concluímos que este tripé – vontade,
disciplina e auto-conhecimento – serão os alicerces para as mudanças positivas
de comportamento. Também constatamos que dificilmente haverá um caso impossível de mudança, e que as chances
de sucesso se amplificam com o acompanhamento psicológico. Pessoalmente, já
tive o privilégio de acompanhar alguns pacientes não apenas mudarem alguns
comportamentos, mas renascerem. Mudanças podem nos reestruturar, melhorar
nossas relações e nos fazer evoluir. Acreditemos nelas, senão por fé, então por
evidências científicas.
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