sábado, 10 de novembro de 2012

Bullying no trabalho: o que fazer?

Texto publicado no Jornal Opinião dia 26/10/2012 e no Jornal de Beltrão 15/05/2012

       
          “Agressão” vem do latim aggressione - ataque; agressão. Significa ferir, machucar, danificar, traumatizar. Há vários tipos de agressão, como a física, a verbal etc, todavia o interessante é notar que no dia a dia, no trabalho, é comum vivenciarmos situações agressivas, as quais por vezes nem percebemos. Estamos “engolindo” agressões e desrespeito como se isso fosse “normal”. Você acha que deve ser “normal” ser agredido?

          Sabe o mau humor do colega de trabalho? Ou aquela piada, pergunta ou comentário inconveniente? Ou ainda aquela pessoa (em todo lugar tem) que adora fofocar, mentir e causar intrigas? São por vezes agressões gratuitas, que podem ser bastante nocivas e minar a autoestima da vítima. Pessoas que cometem com frequência agressões gratuitas, em geral, apresentam recalques profundos e/ou um potencial perverso intenso. Alguns são psicopatas, porém não aqueles que “matam” literalmente, mas do tipo que “matam” aos poucos, torturando os outros psicologicamente (esse segundo tipo de psicopata é o mais comum). É a forma de prazer predileta deles. É dificílimo alguém que não seja um profissional, identificar esse tipo de psicopata, pois são habilidosos manipuladores. Pessoas sensíveis, de pouca auto-valorização e que costumam engolir tudo sem dar um pio, em geral, são seu prato preferido.

          E o que parecia uma piadinha inoportuna ou uma certa coação, na verdade, é um bullying. Ás vezes, chegam pacientes no consultório com uma vida tranquila e produtiva, que todavia convivem com alguém que tem prazer de lhes atormentar no trabalho. Essas pessoas acabam rendendo menos e atingindo níveis de insatisfação altos.  As vezes, a vida inteira da pessoa é afetada pois, é no trabalho, que passamos o maior número de horas. E sofre o empregado e o empregador. Daí a necessidade de toda empresa ter uma psicóloga em seu RH ou, ao menos, realizar uma consultoria psicológica — pessoas perversas acabam com o ambiente de trabalho e um psicólogo tem condições de identificá-las, o que evita prejuízos para ambos.

         E quais as consequências psicológicas da agressão em qualquer de suas formas? Sentimentos de humilhação e inferioridade; fobias; traumas; dificuldade de confiar nas pessoas e de se relacionar; desânimo; improdutividade; obesidade; entre outros. Agredir, ferir o outro, é algo muito sério, por isso, defenda-se! Valorize a sua pessoa. Busque argumentos, enfrente o agressor com um diálogo coerente e coloque a possibilidade de buscar autoridades (seja o chefe, a polícia, a justiça etc) para resolver a violência. Pessoas agressivas ou perversas temem autoridades e às vezes é a única forma de resolver uma perseguição. Imponha-se, mostre que você não deixa ninguém lhe pisar, e ele não pisará mais. Saia da posição de vítima. O outro só vai até onde permitimos.

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